terça-feira, 17 de julho de 2007

À conversa com Miller e uma Gaja Podres de Boa VI









(continuação do diálogo V)






gaja: ei ei malta!! Vamos lá com calma! Se a fome é assim tanta trata-se já de alugar um quarto pa vocês....heheheheh.





Marrie: (segurando Miller pelos cabelos, aperta-o c/força ao seu seio e c/um olhar desafiador, diz aos outros dois) Pensei q aqui no purgatório e em especial neste café os desejos não precisassem de controle! O que você acha Miller? (e, descruzando a perna p/q o mesmo lhe deslizasse a mão por entre sua coxa, continua)





Miller: Não poderia estar mais de acordo... (continuando na sua investida...)









EU: bom... bem vistas as coisas... de facto nada aqui tem que ser controlado... ímpetos e acções misturam-se ao sabor do momento






Gaja: Vamos lá a a tirar a boquinha daí que leite e vinho pode cair mal...lol







Marrie: Como vocês acham que cheguei até aqui? Vocês me chamaram.... (Então, levanta-se... dirige-se a FC... e escanchando-se em seu colo, de frente pra ele, pergunta-lhe:) Um gole? (leva à boca sua taça e em seguida beija-lhe vorazmente enquanto o vinho a deslizar entre os lábios, molha todo seu colo).






EU: oh que porra!... camisa acabada de por de lavado...





Miller: (levanta-se entretanto e pega nos cabelos de Marrie puxando-a levemente e deita-a em cima da mesa... rasgando-lhe a camisa expondo-lhe os seios... diz) esta é a visão que temos de nós mesmos... assim espelhado e ao contrário... é o nosso outro eu




EU: Que vês Miller (abrindo a camisa)




Miller: Que vejo?... vejo o meu alter ego, o meu desejo em forma de mulher inversa... e tu que vês?




EU: Uma mulher... apenas uma mulher





Miller: (Rindo ruidosamente) se apenas vês uma mulher e não te revês nela de forma inversa é porque o desejo de carne e espírito não invadiu o teu ser... não te entrou ainda nas entranhas e te rasgou tecido interno... convocando todo o teu eu, o que conheces e o que não conheces...





EU: talvez tenhas razão... talvez o que conheco sejam apenas versões não invertidas mas somente espelhadas... procuro o que não vi ainda mim... talvez seja isso... (e virando-se para a Gaja, até porque entretanto os outros dois já estavam como se eles nem ali estivessem, disse:) e tu gaja? que te parece do que disse o Miller?



(to be continued)







sexta-feira, 13 de julho de 2007

À conversa com Miller IV


Miller: FC... psst... chega aqui




EU: boas Miller... que se passa?




Miller: é pá... ricos momentos que temos passado com a Gaja e a Marrie lá no café da rua de cima hã?...




EU: nem digas nada.... eh eh eh




Miller: que saudade FC... que saudade...




EU: acredito pá... bateste a bota vai para quê? 17 anos... não foi?




Miller: ... é verdade...




EU: pois... faz tempo pá... e para quem vivia a sexualidade como tu...




Miller: É indubitável que o sexo faz parte da vida... e o engraçado é que cada um de nós vive-o de forma distinta!




EU: sim... e tu viveste-o de forma intensa! Digo isto pelo que deixaste escrito...




Miller: Sim... mas como sabes muita gente não me recebeu bem... ou seja, até que ponto pode a verdade da vida, naquilo que se relaciona com o comportamento sexual, ser utilizado na literatura?




EU: Quanto a mim... simplesmente pode! O acto de escrita artística tudo pode... é acto criativo e como tal tudo pode




Miller: muitas alturas houve em que tive dúvidas sabes...




EU: como assim? se deverias ou não escrever sobre sexo?




Miller: mais ou menos... o que quero dizer é o seguinte: o problema talvez não seja se o sexo pode ser ou não utilizado em literatura, mas antes na maneira como ele é apresentado




EU: Sim... eu até costumo usar uma expressão que não sei a quem pertence mas que diz algo como: "não é tanto o que dizes mas como o dizes que é importante"...




Miller: nem mais... o que nos leva de imediato a outra questão: A maneira certa será a do moralista, a do censor, a do polícia? Ou ainda o Estado, por intermédio dos seus legisladores, o árbitro em última instância sobre o que está certo e errado, o que é bom ou mau em matéria de arte?




EU: Impedimentos castrantes existem vários... mas quanto a mim, e nos dias que correm, o que mais me envergonha é o falso moralismo... a classificação de "má" arte a que está relacionada com sexo




Miller: Sabes qual era o argumento que os doutos guardiões morais usavam comigo?.... eles diziam que o acesso a literatura proibida como a minha foi, pode levar as pessoas a comportatem-se como animais...! Mas pensar assim é insultar o reino animal. E transformar a paixão, o maior atributo do homem, numa caricatura...




EU: Concordo plenamente contigo... a paixão é de facto o que nos move... e haverá motor de paixão mais forte do que a sexualidade?... de igual força posso ver vários, mas de força maior não encontro.




Miller: É esta consciência da nossa natureza múltipla que nos faz seres tão completos, tão... humanos




Eu: Sentir a Vida dentro de nós... a pulsar, a vibrar... é de facto indiscritivel!




Miller: Sabes que tenho notado que entre os autores "obscenos" o que os caracteriza e aproxima é precisamente o facto de serem homens que amam a verdade, a mais pura verdade...


EU: por isso mesmo é tão exasperante quando temos falsos moralistas a denegrir quem escreve sobre sexo, escrever sobre sexo é escrever sobre e com paixão!


Miller: O autor "obsceno" serve-se da sua condenável linguagem "licensiosa" para revelar a perversidade do nosso comportamento... as suas verdades chocam porque a verdade anda sempre nua...


EU: porra... odeio essa hipocrisia de merda! Sabes que quando digo a conhecidos que escrevo sobre estas nossas conversas e coisas afins... perguntam-me: "e não tens receio? não tens medo que saibam que és tu?"... dasss! Medo? do quê!!??


Miller: A falsidade e a hipocrisia são uma provocação para os homens honestos, levando-os a usar uma linguagem explosiva, chocante mesmo. Mas aqueles para quem a verdade é bemvinda e que acreditam na vida, não encontram nessa linguagem nada de repugnante.


EU: É um absurdo... erotismo sempre existiu, sempre esteve presente na arte... desde a literatura, à escultura, etc


Miller: sim, mas sabias que a chamada literatura obscena é a forma literaria mais resistente?


EU: A sério? como assim?


Miller: Sim... não há duvidas sobre isto, ela existe desde os tempos mais remotos e persiste, sem proteccionismos, sem fazer alaridos... Só uma outra categoria literária é presuvimente tão duradoura como ela: a ocultista...


EU: olha... nunca tinha pensado nisso


Miller: e no entanto a hipocrisia é tal que para se escrever sobre sexo... é um suplicio! A não ser que seja um médico a descrever funções reprodutras, ou um psicólogo a descrever psicopatias sexuais, ou um antropólogo sobre costumes sexuais dos povos primitivos...


EU: é isso mesmo... nunca tinha visto a coisa dessa forma... falar de paixão com paixão é imoral! arre que ignorância... e o pior é quem muitas destas bocas moralistas até nem são ignorantes, pois a esses perdoamos... o que é imperdoável é a recorrência no erro... isso já revela estupidez atávica!


Miller: o escritor que gostaria de descrever completa e livremente a vida à sua volta, está proibido de falar...


EU: sim... amordaçado por impedimentos moralmente falsos...


Miller: no entanto ele é o único que é verdadeiramente imparcial, de espírito livre, que vê a vida na sua totalidade e pode, por isso ser honesto, autêntico, alegre e em última análise... terapêutico.


EU: é libertador de facto...


Miller: Ah, a palavra "Moral"! Sempre que aparece, penso nos crimes que foram cometidos em seu nome... e envergonho-me...


EU: Faria tão bem a tanta gente ler-te Miller... tão bem... como tu já disses-te uma vez... esses "seres emocionalmente aleijados"!


Miller: Se eu tivesse a certeza de me estar a dirigir a homens que crêem no poder da verdade, diria: "Ponham à prova a minha obra! Permitam que seja lida abertamente, livremente, em toda a parte, por todas as categorias de homens e mulheres. Permitam que sejam eles os meus juízes!"


EU: farei a minha parte Miller...

terça-feira, 10 de julho de 2007

À conversa com Miller e uma Gaja Podres de Boa V




Gaja: Fodaaaa-se!!!! Não me digas que é a gaja da história!!(assumindo logo de seguida um ar espantado quando se apercebeu que eles confirmavam....)




Miller: ... Marrie... (agarrando-a pela cintura enquanto ela se sentava no seu colo e lhe tira o cigarro sugando-o avidamente)




Gaja: Dassse....que o mundo é mesmo pequeno, então o purgatório...




Marrie: Pois é Gaja, mundo pequeno esse!




EU: Que bela surpresa Miller... mas olhando para foto anterior... não terá perto de 50 anos a mais? (comparando-a agora com a bela mulher ali à sua frente)




Gaja: Diga-me o que vai beber...e entretanto conte lá essas aventuras da nossa "máquina sexual" por nome de Miller... ahahahahaahhahha (cruza as pernas e dá um gole na sua bejeca já a precisar de ser reabastecida....)




EU: (ao perceber que a Gaja estava sedenta... faço menção de levantar a mão para pedir mais uma mini fresquinha)




Gaja: Tenho sede, esta conversa está a dar-me sede....aguardo ansiosamente as revelações!!!
Marrie: Pois é Gaja, mundo pequeno esse! Primeiro queria dizer ao FC q não nasci psicóloga! Tenho outras qualificações também. Portanto......rs




EU: Estou a ver que sim....




Marrie: Será q posso pedir um vinho? As “conversas” sempre são melhores qdo “regadas” a um bom vinho. Não é mesmo, Miller? (abrindo um botão de sua blusa, diz) Já tinham me dito q aqui no purgatório as coisas pegavam fogo mas não sabia q assim tão rápido! Já estou me sentindo quente...




EU: (virando-me para o empregado) Duas minis bem frescas e uma garrafa de Chateau Margaux para os pombinhos...




Miller: Por falar em vinho... ocorre-me agora uma frase que li de Goethe... "Uma jovem e um copo de vinho curam qualquer necessidade; quem não bebe e não beija está pior que morto."




EU: (erguendo a minha mini acabada de chegar) proponho um brinde! A ti Gaja que me alegras o canto... a ti Miller que adoças o espirito e a ti Marrie... que acabo de conhecer!




Miller: (de copo alto) um brinde à carne caros amigos...




EU: (enquanto trocava mini com mini com a Gaja) hã gaja... quem diria... olha para estes dois...




E é neste instante que Miller troca um olhar secreto com Marrie e... sem mais põe-lhe a mão dentro da blusa, expondo o seu belo e firme seio nú... segurando-o carinhosamente por baixo, levantando-o ligeiramente... abocanha-o de forma sôfrega...




EU: (quase cuspindo metade da cerveja fora...) ...!




Gaja: ei ei malta!! Vamos lá com calma! Se a fome é assim tanta trata-se já de alugar um quarto pa vocês....heheheheh.
Miller: (ficando-se agora apenas pelo mamilo erecto de Marrie o olhando de soslaio para mim e para a Gaja) ...hummmffff...
Gaja: Vamos lá a a tirar a boquinha daí que leite e vinho pode cair mal...lol
Acompanha: I, II, III, IV, V

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Domínios de Mercúrio



Os domínios de Mercúrio estendem-se a Coimbra,

numa esplanada beira-rio


Antecipo o meu regresso

às colunas de Hércules

com um banho do Astro-Rei...


Passa a vigésima hora do dia

e ele ali está ao alto

alimentando a alma

de quem nele repara...


Sopram ventos

que tentam arrefecer o espírito


EM VÃO!


lhe grito em mente...

pois que o sonho e eu nos intermutamos

e ele, o vento,

sopra agora mais tímido...


molho os lábios num vermelho líquido

e penso em ti...


Em quem?

...não sei


Não tens rosto,

mas é em ti...

definitivamente.


Aqueço o meu desejo

como aquele aquece o meu espírito mercuriano...

olho o lugar vazio cheio de ti à minha frente

e vejo-me em ti

segurando a tua mão

e desenhando o teu sorriso

com os meus olhos cerrados...


O contorno dos teus ombros nus,

o volume dos teus lábios transformam-se...

quando sorris,

em meu sonho real.


Os teus dedos tocam-se com os meus

e subo pelo teu braço...

iniciando o percurso de ti...


Entretanto


"Senhor... a sua Lasanha"


domingo, 8 de julho de 2007

Um desafio


Desafiado além mar pela Marrie...

Bem... lá terá que ser ;)


1.Indica dois sítios insólitos onde já mandaste uma queca, caso não tenhas tido essa ousadia, diz dois sítios onde gostarias de mandar:

Numa piscina de motel (lembras-te S?) noite escura de lua nova... piscina iluminada... bastava alguém ter chegado à janela... foi mágico

O outro... por ser insólito - autocarro


2.Três palavras ordinárias que utilizes frequentemente (antes, durante ou depois) do acto sexual.

Não uso palavras "ordinárias" só mesmo "extra-ordinárias"


3. Quantas vezes tens sessões de sexo individual por semana?


Não há médias... pelo que podem ser 10 ou 0... ;)


4. Qual a posição que mais gostas durante o sexo

As preferidas da parceira...


5. Diz duas fantasias sexuais que já realizaste e duas que gostarias de realizar.

Já: Estar com duas pessoas muito chegadas entre si (e mais não posso dizer...)

Ainda: Ritual de Beltrane (à séria) e Acordar num quarto/casa/cidade com alguém ao lado sem saber como lá fui parar e de seguida...


6. Qual a maior mentira que já contaste para obter sexo?


Foram tantas (mentirinhas inocentes) que lhe perdi a conta


7. Qual a maior mentira que já contaste para não ter sexo?

Hã?


8. Depois de te fazerem o “oral” (broche ou minete), deixas que te beijem na boca ou tens nojo?

Hã? Nojo de quê?


9. O que é que te “corta MESMO a tusa” durante o acto?

Não sei ainda... mas como o sexo está na cabeça... uma conversa acéfala pode matar


Os desafiados:

Babe Certificada
Casal Nómada
Insanidade
Alice
Sexo sem Nexo

quarta-feira, 4 de julho de 2007

À conversa com uma Gaja Podres de Boa V


MARRIE: Olá... posso entrar?



EU: mmm... (digo eu apreciando a "intrusa" de alto a baixo)



MARRIE: é que eu ia passando quando ouvi meu nome. Eu me chamo Marrie.



Miller: (piscando-me o olho)... FC... haverá mais cadeiras lá dentro?




MARRIE: É que soube também que vocês precisavam de uma ajudante aqui no purgatório. E, como estou há tempos desempregada, sou psicóloga, e tá dificil voltar a ativa por aqui onde estou morando, vim me oferecer p/o cargo.



Miller: Psicóloga??? Nós precisarmos de psicóloga?? de onde tirou essa ideia?



MARRIE: Percebo que não há mais cadeiras por aqui (e olhando para o Miller e FC, pergunta) – alguém poderia me indicar um lugar p/sentar? (um leve sorriso se forma no canto de sua boca)



Miller: Acende mais um cigarro...



FC: Bom... não existem mais cadeiras, mas... há um lugar ao colo...



MARRIE: Espera (rindo nervosamente) acho que você está confundindo os meus papéis. Eu, não sei se devo... Sou uma mulher boa casada, quer dizer, uma boa mulher casada (soltando uma gargalhada)



Miller: (não aguentando mais, corta a conversa. ELE, sim..... sabia de quem se tratava aquela “Marrie”) Marrie... senta-te aqui ao meu colo, vamos abrir o jogo?



EU: jogo?... qual jogo?... vocês conhecem-se? (perguntei surpreendido, cruzando o olhar com a Gaja Boa)



Acompanha: I, II, III, IV

Dedicatória Insana V



o controle que revelavas... a segurança no domínio do teu corpo, sabias que a visão que me davas de ti me enlouquecia... e por isso arqueavas as costas, deixando cair os cabelos para trás... tocando com eles nas tuas nádegas... duras, firmes.




cada vez que subias, lentamente, revelando-me a mim a mim mesmo... embebedavas-me com o movimento, o cheiro, o calor, o toque, o suor, a tua humidade deslizando em mim... segurando-me no extremo, sem me deixares sair de ti




E assim ficámos até entorpecer os sentidos, em pausas doces para me segurar em ti, para que o momento se prolongasse sem fim




sentir os contornos do teu interior envolvendo-me assim...




abraço-te agora, preciso do calor do teu corpo... enquanto me levanto, dentro de ti, saboreio-te a pele enquanto te imagino...




coloco a boca perto do teu ouvido e sussurro: "ouves-me?"




e tu não falas...